Cuidados com o bebê


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Os primeiros dias em casa com o bebê não costumam ser muitos tranquilos.

As mulheres estão sensíveis emocionalmente por conta das alterações hormonais, muitas sentem dores causadas pela cesárea e algumas estão extremamente cansadas pelo trabalho de parto.

Aquele bebê tão pequenino que acabou de chegar e depende completamente dela, está passando pelo quarto trimestre (conhecido como período de extero-gestação) e tem grande necessidade de atenção. É muito normal sentir-se insegura nessa hora, com dúvidas essenciais sobre como amamentar e cuidar dele.

O pai, também imerso em novos sentimentos, tenta entender qual é o seu lugar nessa nova situação e de que forma pode ajudar sua companheira.

Se há um filho mais velho, existe ainda a necessidade de incluí-lo e saber como lidar com o ciúmes natural.

E, além de tudo isso, existem as questões com família e visitas. Como lidar com tanta gente querendo conhecer o bebê?

É neste cenário de adaptações e descobertas que o trabalho da doula pós-parto acontece. Sua principal função é dar apoio físico e emocional à mãe.

Mas não se trata de uma enfermeira ou babá que vêm para cuidar do bebê. O foco da doula são as necessidades primordiais da mulher que acabou de dar à luz. Seu principal papel é empoderar a nova mãe , mostrando o quanto está em sua própria natureza ter todas as condições de cuidar do seu filho. A mulher é encorajada a cuidar do bebê e de si própria.

Para isso, a doula traz sugestões de cuidados com o bebê e estratégias para mobilizar familiares e estruturas para darem à mãe o apoio necessário.

>> Algumas das tarefas da doula:
Auxílio para elaboração do plano pós-parto
Orientações para o início da amamentação
Sugestões de cuidados com o bebê (banho, uso de carregadores, formas de acalmá-lo, rotina de sono)
Acolhimento emocional da mãe sem julgamento
Dicas de como inserir o filho mais velho e o parceiro neste novo cenário familiar
Orientações sobre como mobilizar a família para ajudá-la
Orientação nutricional e dicas para facilitar o preparo dos alimentos
Massagem para relaxamento da mãe

A doula também pode auxiliar a mãe em meio ao caos dos primeiros dias como no preparo de alguma refeição (no caso dela ainda não ter conseguido se alimentar), organização das coisas do bebê, olhar o pequenino enquanto ela consegue tomar um banho tranquila, ou fazer as unhas, por exemplo. Aquele tipo de coisa que quem já teve filho sabe muito bem que às vezes parece impossível de fazer nas primeiras semanas, sabe?

Essa é uma ajuda tão bacana que pode, por exemplo, ser dada por amigas da gestante como presente no chá de bebê (vale doula pós-parto).

As doulas pós-parto são muito comuns nos Estados Unidos e na Europa. E os benefícios de seu apoio durante o início do puerpério têm sido destacados como a diminuição da incidência de depressão pós-parto, maiores chances de sucesso na amamentação, facilidade da adaptação da família com o bebê, pais mais seguros.

Quando contratar a doula pós-parto?

O ideal é que ela seja contratada ainda durante a gestação. Porque é possível conhecê-la melhor em um bate papo gostoso, trocar ideias a respeito daquilo que é importante preparar para achegada do bebê e preparar em conjunto um plano pós-parto. A doula ficará disponível para você nas semanas próximas à data provável de parto.

Mas ela pode ser contratada a qualquer momento, mesmo que o bebê já tenha nascido. Muitas vezes a mãe se vê solitária e insegura precisando de ajuda com urgência.

Cada profissional tem características próprias de trabalho. Pode-se iniciar a contratação de uma doula pós-parto por 3 horas, durante 2 dias, por exemplo. O que pode ser perfeitamente prorrogado se houver a necessidade. Outras profissionais estarão disponíveis para passar períodos de 8 horas com a família, 6 dias por semana.

Como contratar uma doula pós-parto?

Se você tiver interesse em contratar uma doula pós-parto entre em contato comigo. Logo teremos uma página na internet com a indicação do nosso trabalho, mas, enquanto isso, posso indicar colegas que estejam mais próximas da sua residência.

Esta semana escrevi uma matéria para o www.bebe.com.br sobre livros bacanas para pais de primeira viagem.
É uma lista com 15 livros, muitos dos quais já li, e aqueles que ainda não li, pesquisei profundamente para saber se condiziam com aquilo que acredito serem práticas conscientes de maternagem.

Vale a pena dar uma conferida lá:

 

Lembro bem daquela cena. Gabriela tinha uma semana de vida e estávamos recebendo visita em casa.

Ela dormia no carrinho ao nosso lado quando começou a chorar. Meu primeiro impulso foi pegá-la correndo. Mas na minha cabeça – completamente bagunçada pelos hormônios do pós-parto e incertezas do início da maternidade – me veio a imagem daquele mesmo casal que estava a nossa frente, nos aconselhando outrora sobre como os bebês eram seres manipuladores, e sobre o fato de não podermos atendê-los sempre que choram. Lembro que minha mente entrou em “tilt”. Levantei e fiquei paralisada. O que era certo fazer? Pegar minha filha e confortá-la? Ou, então, ignorá-la   por algum tempo? Ouvi meu coração e acalentei Gabriela em meus braços. Nunca mais tive dúvidas, passei a seguir meus instintos. Sempre que ela chama eu vou ao seu encontro e dou, sim, o colo que ela precisa.

Usei esta situação interna que vivi para mostrar o quanto esses conselhos errados fazem mal, principalmente, às mães de primeira viagem. Na ânsia de acertar no modo como cuidamos de nossas crias, abraçamos conceitos que podem, na verdade, nos levar a grandes problemas.

Pesquisas recentes e livros famosos garantem que deixar o bebê chorar no berço o faz aprender a dormir sozinho. Mães que calaram sua vontade natural de acarinhar bebês que choravam no berço confirmam que a técnica funciona.

E funciona mesmo. Porque o bebê aprende que não adianta chamar, ninguém irá dar atenção a ele. Mas a que custo?

A querida Ligia Moreiras Sena do blog Cientista que virou mãe escreveu um post maravilhoso onde explica exatamente como a técnica de deixar o bebê chorando funciona e quais as suas consequências. Superecomendo a leitura para mãe, pais, titias, avós… para todo aquele que ama o bebê 😉 Confira ele aqui:

Por que deixar chorar até que se durma realmente funciona? – ou “CÉUS! PARI O DARTH VADER!”

A amamentação prolongada ou continuada – já que não se trata de algo que está sendo feito além do normal – infelizmente ainda é motivo de muitas controvérsias.

Apesar dos esforços do Ministério da Saúde, Organização Mundial da Saúde e UNICEF em tentar promover a amamentação até 2 anos ou mais e exclusiva até os 6 meses de idade, muitos são os médicos e outros profissionais de saúde que aconselham as mães a desmamarem seus filhos precocemente. Não sei se por preguiça em procurar informações atuais e relevantes – há pelo menos 2 décadas se reconhece os benefícios da amamentação continuada – ou por falta de vontade de orientar corretamente essas mulheres, já que dá trabalho explicar sobre amamentação – prescrever o tal do leite em pó é tão mais facinho – o fato é que eles prestam um grande desserviço à sociedade.

Por que a amamentação continuada ainda é vista com algum preconceito e seus benefícios é o tema da matéria que fiz recentemente para o  Bebe.com.br

Vale a pena dar uma conferida lá: http://bebe.abril.com.br/materia/amamentacao-prolongada

O Ministério da Saúde lançou ontem a Campanha Nacional de Amamentação 2012. A campanha, que faz parte da Semana Mundial de Amamentação, tem como objetivos principais incentivar o aleitamento materno exclusivo até os 6 meses de idade e sua continuidade com alimentos complementares até 2 ano ou mais. 

Este tipo de iniciativa é importante para conscientizar mães, familiares, mas também profissionais da saúde. Infelizmente ainda é muito comum, ver pediatras prescrevendo leite em pó como complemento para bebês, incentivado a introdução de alimentos antes dos 6 meses e condenando o aleitamento materno após um ano de idade. 

Eu tive tristes experiências com médicos que disseram ser absurdo continuar a amamentar Gabriela com mais de 1 ano. Um deles disse que ela ficaria obesa por conta da amamentação continuada, algo completamente refutado por pesquisas científicas. Outros, inclusive uma nutricionista, disseram que meu leite era apenas água, mas dados da UNICEF mostram que, no segundo ano de vida, 500ml de leite materno fornece 95% das necessidades de vitamina C, 45% das de vitamina A, 38% das de proteína e 31% do total de energia que uma criança precisa diariamente. Dentistas falaram sobre a questão de fazer mal para sua arcada dentária, outro mito. E a maior das balelas, que eu estava criando uma criança insegura… quem nos conhece sabe como Gabi é decidida, segura e bastante independente para idade.

Neste 01/08, Dia Mundial da Amamentação, quero comemorar nossa linda história de amamentação. 2 anos e 11 meses de muito tetê direto do peito da mamãe. Deitada em meu colinho, olhos nos olhos, sorrisos e carinhos…
A amamentação continuada é uma ato especial, que nutre e protege a criança, protege a mãe, e nutre ainda mais esse amor.

Desmame? Quando nós duas entendermos que chegou o tempo tomaremos essa decisão 😉

A Organização das Nações Unidas definiu o dia 31 de outubro de 2011 como a data simbólica do marco populacional. Somos agora mais de 7 bilhões de habitantes no planeta Terra.
Desde então, muitos bebês ao redor do mundo têm disputado o título de “bebê 7 bilhões”. Fora a questão demográfica do número, não entendo a importância de tal “título” para um bebê, ou para seu país.
Ainda que fosse possível verificar qual criança saiu de dentro de sua mãe no momento exato, entre o bebê número 6.999.999.999 e o número 7.000.000.001, de que isso importaria ao pequeno recém-nascido?

Para aquele pequeno ser, que acaba de chegar ao mundo, buscando o conforto no seio e a paz nas batidas do coração de sua mãe, que ele reconhece desde sempre, só o que importa é ser o número 1 para seus pais.

Ser número 1 implica em ser prioridade, ter importância acima de tudo. Considerar seu filho precioso faz você respeitá-lo e buscar para ele aquilo que você entende como a melhor opção. Amá-lo desde o ventre, buscar um nascimento respeitoso, amamentá-lo, acarinhá-lo sem medo de mimar, amá-lo sempre e ponto.

Sendo o número um, ele merece ser respeitado em sua individualidade. Ele tem seu tempo certo para nascer, para ficar sugando o seio da mamãe, para sentar, engatinhar, andar, falar e desfraldar. Tem também sua personalidade, seus gostos, seu jeito de sorrir. E não há nada que se compare a ele, pais de um bebê número um sabem bem disso. Sabem também que educar dá trabalho e que a conversa e o bom exemplo são preciosos e insubstituíveis, que passar tempo ao seu lado não é “gastar” e sim investir.

Ainda que seja ele o segundo, terceiro ou quarto filho, ele ainda é único e deve ser tratado como o número um. Creio que para pai e mãe todo filho é o número um e ponto.

Ou deveria ser… Porque entristece demais meu coração saber que muitos bebês são abandonados ou mal-tratados por seus pais. Tudo o que o pequenino deseja é ser amado, cuidado… Mas é traído por quem ele mais confia… Como lidar com isso?

Eu havia acabado de chegar em casa da maternidade e estava feliz demais por ter em meus braços a realização de uma grande sonho. Gabriela  é a materialização de um amor sem limites que há muito eu guardava em meu coração.

Mas esta alegria foi logo atropelada por uma incontrolável vontade de chorar. Eu simplesmente chorava, sem ter motivos. Sentia medo sem saber do quê e queria ter o Rodrigo por perto para me dar segurança. Mas ele precisava trabalhar e ainda estudava à noite, ou seja, ele quase não podia ficar ao meu lado naqueles primeiros dias. Minha mãe estava cuidando da minha avó doente e minha irmã tinha uma bebê pequena para ocupar-se. Sentia-me sozinha. Era muita mudança ao mesmo tempo e eu não conseguia colocar ordem no caos que havia se instalado na minha vida. Eu praticamente não dormia, não comia, não conseguia tomar banho direito. Gabriela era muito pequena, precisava de atenção, peito e muito colinho. E eu queria suprir sua necessidade. Mas será que eu estava fazendo tudo certo? Será que a partir do nascimento de minha filha minha vida seria para sempre um caos?

Eu chorava e pedia para o meu marido não me deixar só. O telefone tocava com pessoas queridas sedentas por notícias. Outras tantas chegavam sem avisar para nos trazer carinho e presentes, mas como eu poderia recebê-las se eu mal conseguia tirar o pijama? Meu peito rachou e comecei a andar pela casa sem blusa, sem sutiã, para o contato da roupa não piorar a situação. Também tomava um pouco de sol na lavanderia para cicatrizar os mamilos. Eu pingava leite por toda a casa. E lembro-me ainda de alguém me perguntar o que eu serviria para as visitas… Hein? Como assim? Eu não conseguia fazer nem um ovo mexido para mim… Roupinhas de bebê sujas com cocozinho e blusas minhas lavadas de leite se acumulavam na lavanderia. E eu, feliz demais por ser mamãe, agora também chorava sem parar e não encontrava motivos para este pranto dolorido.

Chegamos a ligar para os nossos Apóstolos pensando que poderia ser alguma questão espiritual e pedimos oração. Mas a Apóstola Alice bem lembrou: “Querida, são os seus hormônios”. Ela estava completamente certa.

Mais de 80% das mulheres sofre de Baby Blues na primeira semana pós-parto. São os homônios da gravidez caindo de forma vertiginosa, os da amamentação surgindo sem avisar, o cansaço do trabalho de parto aliado ao cansaço dos primeiros dias com o bebê, muita novidade de uma vez só, insegurança. O baby blues desaparece da mesma maneira como surgiu. Pode durar de 15 dias a um mês. Em alguns casos pode evoluir para depressão pós-parto e ser necessário o acompanhamento psicológico e, até mesmo, o uso de remédios.

Mas na maioria das vezes, amor, carinho e compreensão da família é o suficiente para garantir que a mamãe passe por isso numa boa. Agradeço a Deus pela vida do Rodrigo que fez de tudo para me ajudar, com muito amor.
Lembro-me de ouvir pessoas mais velhas falarem: “Depressão pós-parto? Imagine só! É coisa de mulher fútil. Imagine se eu tive tempo para me dar ao luxo de sentir isso.” Pura e triste ignorância aliada a uma dose de preconceito e medo de expor seus sentimentos. Triste.

Ontem conversei com uma mamãe de primeira viagem que está passando por isso. Expliquei que era super normal e que eu também havia tinha baby blues. Nessas horas é muito importante ouvir de pessoas mais experientes que é normal e que logo vai passar.

A maternidade me ensinou muitas coisas, entre elas, o valor de João 8:32 “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” O conhecimento da verdade nos liberta, e quem não o busca perece.

Beijos
Lelê


Já faz algum tempo que não posto por aqui. E a razão de tudo isso é que nossa vida anda bastante corrida. Além disso, dentro das escolhas que fiz para nós, está o fato de que prefiro investir o tempo em que a Gabi está acordada em atividades com ela. E aí, o tempo para a internet fica meio escasso mesmo. Escolhas… O tempo todo temos que fazê-las… E escolher por uma opção implica em abrir mão de outra, normal, claro.

E esta paradinha em pleno início de madrugada é justamente para falar sobre elas, escolhas.
Como a maioria de vocês sabe, tomei decisões que fugiam do senso comum quando o assunto era Gabriela. Muitas delas ainda me rendem boas discussões por aí. Não sou do tipo que bate boca, mas acho importante compartilhar minhas ideias do bem para, quem sabe, ajudar outras mamães pelo mundo afora. Caras feias, narizes tortos e comentários desnecessários à parte, tenho me saído bem no quesito levar minhas escolhas adiante. Ter um marido que me apoia é fundamental e uma benção de Deus. Mas tem horas que o questionamento alheio meio que incomoda, sabe? Sou de carne e osso, afinal de contas.

Essa semana levei a Gabi ao pediatra. Nosso querido e humanizado Dr. Douglas.
Disse, como sempre, que minha princesa está ótima, saúde e desenvolvimento perfeitos! Mas disse mais.
Falou que o fato dela nunca ter precisado tomar antibiótico ou outra mediação qualquer se deve à amamentação prolongada. Disse que a opção que fiz por deixar o trabalho fora para estar ao lado dela nesses primeiros anos de vida trará resultados valiosos demais. Que a alimentação dela é nível “premium”, um exemplo. E que fica muito feliz em encontrar crianças com mães com este tipo de comprometimento.

Sabe, isso não serve para desvalorizar mães que não puderam optar pelas mesmas escolhas que fiz. Mas foi um elogio muito importante para o meu coração de mãe. Estamos sempre na neura de estarmos fazendo o melhor ou não para os nossos pequenos e saber que estou percorrendo um caminho de benção é muito bom.

Ok, ele é apenas um pediatra, eles servem apenas para nos orientar. Mas a palavra de Deus diz que a Sua paz é o árbitro do nosso coração. O meu está bem em paz com as minhas escolhas. Creio, então, que são escolhas do meu Deus.

Beijos e Deus os abençoe
Lelê

Quando Bibi era apenas uma recém-nascida eu comecei a fazer massagens nela. No começo ela chorou um pouco, mas logo se acostumou e começou a curtir e relaxar o momento. Era uma delícia massagear minha bebezinha.
Com o tempo, Bibi se tornou uma mocinha  serelepe e, sem parar mais, as massagens se tornaram mais raras. Mas nunca deixei de fazer um carinho caprichado, claro.

Dias desses minha irmã veio aqui em casa e começou a fazer massagem nos pés da Nayara. Bibi ficou olhando e ganhou massagem também. Logo depois, as duas pequeninas fizeram massagens em nós. Foi muito divertido e gostoso!

Agora minha princesa tira a meia e pede: “Pé, mamãe.” E fica relaxando enquando eu faço massagem nos pezinhos mais lindos deste mundo.

Pensei: Para alguns isso seria pura folga da minha menina, mas para mim é amor. Sempre fiz massagens nos pés do Rô… e me lembrei de uma cena da minha infância. Minha vó Irma fazia massagens nos meus pés. Ela pegava a famosa “loção-cor-rosa” (feita com cânfora), e acariciava meus pés. Lembro-me de ficar pedindo mais e mais. Melhor do que sentir aquele toque relaxante, era sentir que minha vovó fazia aquilo com todo o amor do mundo. Saudades, vó…

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